sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Hector e Sr. Fox - Breve capítulo de transição ou parte 6

De breve esse capítulo não tem nada. É apenas um monte de coisa reunida, sem muito sentido.

É cada lembrança dos dois que não existe mais, mas é cada amigo como André e Lucas que revive cada sentimento. Sem ao menos saber que no fundo algumas pessoas querem tudo isso de volta, em especial Vida e Alma.

As irmãs são quem acabam figurando esse capítulo quase todinho, que de quase não tem nada, acaba tomando a maior parte do texto. Porque ainda por cima devemos aceitar, que o período de tansição é na verdade a maior parte de nossas vidas, sempre temos que aceitar algo, sempre temos que entender algo.

Bom mais esse capítulo não fala de mim. Fala de um monte de gente, um monte de gente que Sr. Fox conheceu com o namoro do amigo. Do tempo que passou sozinho no espaço de tempo entre o começo e o final de namoro de Hector. (depois continuo)

Recado 2 (velho e com saudade)

São 28 passos ao lado de alguém que nunca pensei amar tanto. (blah)

Hector e Sr. Fox - O namoro ou Parte 5

Hector namora, a gente já sabe. Mas o quanto isso machuca Sr. Fox, ah! Isso é novidade. Sr. Fox disfarça, finge que está tudo bem, vez ou outra até conversa com Hector, apenas para vomitar depois. Hector namora.

A menina mais linda da cidade, sente vergonha, sente muito. Algumas senhoras de meia idade sentem que ela é a última a ser tão linda, depois disso deus há de impedir tal sacrilégio.

Mas era muito tempo, pouca gente. Aqueles primeiros 5 dias matavam Sr. Fox. Ele ocupava seu tempo com jogos, com estratégias de xadrez, com a falta de amor dos pais, dos dois. Era tudo culpa.

Sr. Fox com olheiras enormes finge amar a vida, mas desde que se sente tão sozinho não entende nem sequer sua própria alma (dessas que a gente conhece mesmo, mas uma de suas irmãs gêmeas). Mas falando em suas irmãs gêmeas pode-se dizer que Vida ajudou muito o irmão.

Como já comentei Sr. Fox era muito sozinho e ainda agora sem o amigo, se sentira ainda pior. Nem Vida nem o sucesso de S.h. eram o suficiente para distrair tal garoto. Ele até tentava.

Seus irmãos ajudavam, e com isso Sr. Fox ficou um tempo longe dos holofotes da cidade, cerca de 1 ano (não sei se já disse, mas Sr. Fox era da família mais rica da cidade) e ser da família mais rica mais era um fardo que uma vantagem. Ele fugia dos próprios pais.

Sr. Fox viveu o pior ano de sua vida, com Hector longe, e sem nenhum amigo perto ao não ser Vida que se aproximara tanto nesse momento, ***** não podia sequer tentar algo diferente. Com tantos holofotes, Sr. Fox agora era uma celebridade das redes sociais. Culpa do tempo de sobra em suas mãos.

O garoto de apenas 15 anos era um gênio, era um fato não havia como resistir. Cada estratégia que ele inventava era mais inusitada. A primeira empresa que contratou seus serviços foi a padaria do bairro. Seguida pela maior loja de departamentos e pelo shopping, seu primeiro grande cliente. E sem comentar que foi com o shopping que conseguiu destaque abrangente, e conquistou sua primeira conta nacionail.

Era uma conta simples, uma loja de departamentos com grande visão de futuro. Algo tão novo que fosse o suficiente pra fechar seus olhos para o sofrimento, e para pagar suas parcas contas.

Hector vivia uma vida estranha, diferente, sem amigos. Enquanto Sr. Fox vivia algo como uma bronca perene, sempre escutando algo que não gostasse. Era na verdade uma enorme auto crítica.

Mas para não fugir ao tema, na verdade era uma falta de emoção, que Hector até tentava disfarçar, mas não conseguia.

Hector respirava, mas parecia que nenhuma molécula de oxigênio entrava em seu corpo, era um ato mecânico. Sem nenhuma interferência nas necessidades mundanas. Algo puro como tudo que sentia, pela humanidade, na verdade não sabia ao certo.

Ah! Essa humanidade, que coisa mais horrivel, se pudesse contar nas mãos nem sequer precisaria. Sabia que havia no mundo apenas um em quem acreditava sem questionar: Lucas.

Lucas tinha a mesma idade dos dois, e desde a segunda série era amigo de ambos, até a festa de quinze anos. Nessa Lucas teve que tomar algum partido, e tomou o da verdade. Lucas terminou amizade com ambos.

Lucas deveria ser uma das poucas pessoas que sabia que os dois não tinham apenas uma amizade, mas uma relação de dependencia. Sr. Fox sofria na verdade porque Hector não estava mais sempre lá.

Mas uma vantagem que Sr. Fox conseguiu extrair foi a sorte, sorte de escrita. Agora André patrocina os posts e tudo o mais que Sr. Fox produzia, que diga-se de passagem não é pouco.

Sr. Fox começou a escrever pois corria, e para correr há de se pensar, para pensar há de existir algo. E esse algo no caso era a vida (não a irmã gêmea, mas sim o espaço de tempo).

Bom, Hector infeliz namora S.h, a 10 meses. E ela não sabe mais o que quer. Hector confuso acha que namora a modelo, acha sem saber!

Hector e Sr. Fox - Hector namora ou Parte 4

Hector começa a namorar, bem digamos que não foi algo muito sensato, mas é uma realidade. Hector e Sr. Fox estavam na época com 15 anos.

Lembra que eu disse que não sabia o porque de no terceiro aniversário juntos eles brigarem e Hector quebrar o óculos do Sr. Fox com um copo de creme de leite fresco? Então. Todo mundo sabia o motivo, mas a gente fingia que não. E esse foi o principal motivo.

Eu sinceramente não gosto dessa parte da história, mas tenho que aceitar que é necessária. Lembram da garota modelo da escola, que o Hector havia amarelado quando tinha cerca de doze anos? S.h. bem, ela continuou gostando dele em segredo pelos próximos 3 anos, antes de se declarar.

O que aconteceu é que S.h. era mais velha e tinha passado uma temporada toda em milão e outra em Nova York, e era récem chegada de volta ao Brasil.

Bom melhor começar do começo. No dia que Hector não conseguiu beijar S.h. e foi correndo para o Sr Fox.

No dia seguinte aquele turbilhão de emoções, Hector e Sr. Fox dormiam e nem desconfiavam da tramóia que se armava no quarto ao lado, Vida e Alma iriam atacar em pouco tempo. Hector era um velho conhecido da família, as gêmeas tinham liberdade até demais com ele, tratavam-o como irmão.

Vida nas pontas dos pés flutuou até o quarto do irmão, se curvou frente a porta e espiou pela fechadura, alguns raios de sol invadiam o quarto, não deveria ser mais que sete da manhã. Os dois garotos dormindo nem sequer imaginavam a movimentação traquina do lado de fora. Vida se encheu de si mesma e com um grito ensurdecedor correu pra dentro do quarto.

Risos de crianças e xingamentos mau humorados transbordavam do quarto. Hector foi o primeiro atacado, era o alvo principal de Alma que num sopetão partiu na frente da irmã e pulou no convidado.

Hector mal sonhava quando um pé se chocou contra suas costas, era Alma pisoteando e rindo por sobre ele. Mas o garoto adora aquelas duas, tão cheias de alegria, sempre armavam algo para surpreender o irmão. E como a visita de Hector era frequente, frequentemente vislumbrava aquelas cenas.

Mas as gêmeas logo foram pegas por Caio, que também acordava cedo, e fora atraído por aquele barulho delicioso de brincadeira. Caio era bem mais velho que as pequenas e bancando o monstro entrou no quarto gritando, pegou Vida no braço direito e Alma no esquerdo, e com as duas pequenas saiu do quarto aos berros.

Mas enfim, toda essa gritaria fora o suficiente pro Sr. Fox ter um imenso mau humor matinal, grunhindo seis palavras se levantou coçou a bunda (me desculpem mas isso é um fato, Sr. Fox fez isso) e foi até o banheiro, trancou a porta e um imenso silêncio pairou no quarto. Hector apenas se ergueu e cruzando as pernas sobre uma enorme almofada ficou imóvel, enquanto esperava o amigo.

Sr. Fox foi rápido, saiu do banheiro em pouco tempo ainda com a cara molhada, e um cheiro enorme de verbena. Hector adorava aquele cheiro, correu pro banheiro alegando estar apertado, mentira, queria mesmo era se lavar com aquele cheiro maravilhoso. O garoto se demorou dez minutos no banheiro e saiu todo molhado mas com um sorriso enorme no rosto.

Sr. Fox já havia colocado uma bermuda e o esperava sentado na cama. Os dois se comprimentaram com um olhar e sem trocar uma palavra desceram os 27 degraus de escada até a cozinha, estavam prontos para o café da manhã.

Mas isso foi o dia seginte, voltando agora ao namoro de Hector.

S.h. virou enfim uma modelo "profissional" aos 13 anos, se é que pode-se dizer isso à alguém nessa idade. Mas a menina já recebia ofertas de fora do país, que só foi aceitar 2 anos mais tarde. S.h. aos 15 sim era uma modelo profissional, desfilava na sua primeira New York Fashion Week. Mas em cada sorriso da garota e em cada olhar enigmático, era possível ver a determinação e a necessidade.

Necessidade desde afetiva a monetária, só pensava nas irmãs que deixará no Brasil, mas isso não era o suficiente de afastar S.h. de ser a mais nova brasileira a pisar numa passarela de Nova York (dizem que houve uma russa que mentiu a idade, mas não se sabe ao certo).

Mas algum tempo depois com a doença da mãe, S.h. e a tia Anita tiveram que voltar para o Brasil. A modelo não suportaria estar longe da mãe em uma hora dessas, mesmo com tia Anita insistindo que seria apenas um resfriado comum. S.h. temia.

Voltou ao Brasil seis meses depois de completar 16 anos, e tentando voltando ao ritmo habitual de uma criançã dessa idade, a mulher-modelo se matriculou no mesmo colégio, revendo seus colegas de classe logo no começo do ano. Dentre seus colegas de classe e fans estava Hector.

(S.h. ficará sem estudar um ano, e como Hector era adiantado ambos cairam na mesma classe. Obra do destino ou da matemática, os dois se reencontraram)

E foi na festa de aniversário de 15 anos de Hector e Sr. Fox que S.h. deu seu primeiro beijo, a menina havia negado seus desejos e sonhos infantis para seguir uma carreira séria, e por isso mesmo aos 17 anos nunca havia tocado outros lábios. Ao contrário do que as colegas de classe gritavam aos corredores.

Hector havia brilhado olhos aos ver S.h. entrando no Buffet, sorriu e sem graça derrubou um pedaço de coxinha no chão. Ah! Era o amor. Hector não conseguiria dizer o próprio nome naquele momento (não que eu ache isso, mas um menino Lucas vendo a cena fez-lhe a pergunta. Sem resposta).

O menino estava perplexo, boquiaberto (sim com aquele frango ainda mal mastigado na boca, que tratou de engolir em cinco segundos) cumprimentou a modelo e sem pestanejar a acompanhou até a parte de fora do salão. Pegou-lhe a mão para começar a dizer o quanto ela estava linda e como ele havia acompanhado a carreira dela a distância. Mas S.h. calou-o com um beijo, e pela primeira fez uma língua estranha lhe invadiu a boca.

Hector não entendeu nada, ele só sabe que gostou. E muito. Gostou o suficiente pra se "apaixonar". Maldita hora do parabéns, Sr. Fox percorria o salão soltando fogo pelas ventas quando encontrou o outro aniversariante de namorico. Ah! Sr. Fox ficou puto, correu até a varanda tomando um atalho pela cozinha. Hector quase entendeu o que estava acontecendo, quando fora subitamente puxado pela mão e arrastado no caminho de volta.

Nesse momento Hector agarrando o primeiro "qualquer coisa" atingiu Sr. Fox bem nos óculos, e como em câmera lenta os estilhaços das lentes se espalharam pelo chão. Creme de leite, vidro e poliuretano se misturavam.

Sr. Fox nervoso fechou a mão e novamente em câmera lenta derrubou o então ex-amigo. Os garçons corriam de um lado pro outro, alguns pra atiçar mais brigas, poucos para separar. O furdunço continuou por 5 minutos até S.h. sumir da festa.

Hector e Sr. Fox não se falaram por 1 ano, e o primeiro bravamente defendeu S.h., sua namorada por 11 meses.