Superego: Então quer dizer que vc ficou emocionalmente abalado depois de ver um filme?
Ego: Sim.
Superego: Um filme chamado Tron, é isso?
Ego: É.
Superego: Vc sabe que ele é baseado em um jogo de videogame, né?
Ego: Mas também trata de questões profundas de religião.
Superego: Tá, e a exatos quantos minutos vc é religioso mesmo?
Ego: Também trata de copyrighting e acesso ao conhecimento.
Superego: E qual o nome das crianças desprivilegiadas que vc ajuda?
Ego: E também trata da busca da perfeição.
Superego: Hmmm...
sábado, 18 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
I really tried to make it up
E dos objetos pessoais? Sujos e maquiavélicos. E ficam tentando se comunicar com a gente. Já gritei com meu celular duas vezes essa semana, inclusive em público e o safado ainda não aprendeu.
Ele, ainda traumatizado, trava ao leve som da chuva. Precisa de carinho e um local seco e quentinho pra voltar a funcionar. Devo admitir que é algo difícil em São Paulo nessa época do ano, mas tenho dado meu jeito. Melhor que o meu antigo que tinha ódio a brigas, desligava no meio de discussões. E só voltava se eu ficasse calmo, o que as vezes levava horas.
E toda essa personificação dos objetos não passa da minha tentativa de objetivação.
Ele, ainda traumatizado, trava ao leve som da chuva. Precisa de carinho e um local seco e quentinho pra voltar a funcionar. Devo admitir que é algo difícil em São Paulo nessa época do ano, mas tenho dado meu jeito. Melhor que o meu antigo que tinha ódio a brigas, desligava no meio de discussões. E só voltava se eu ficasse calmo, o que as vezes levava horas.
E toda essa personificação dos objetos não passa da minha tentativa de objetivação.
Indistinto
Se eu tivesse que dar um nome, seria com certeza maldição.
s.f. Ato ou efeito de amaldiçoar.
Palavras com que uma pessoa deseja que advenham males a outra; praga.
Desgraça, fatalidade: a maldição caiu sobre o infeliz
Desgraça eu nem digo, mas fatalidade sim. E que recaiu sobre o infeliz, mais ainda. Se ao menos não tivesse sentido nada ainda. Mas agora já senti. Não tem mais o que ser feito, está no meu sangue. Deliberado.
Não consigo escapar, e me arrastam pensamentos, e me fecha a garganta, e me cala a boca no meio de um sorriso, na simples lembrança de um momento. E deve ser por ser tão inteligível que me faltam argumentos opositivos.
Mas a maldição não está em ter acabado, está em nunca ter recomeçado. Eu fadado, machucado e calado. Não quero algo novo, e o velho? É velho. Não quero a desgraça conhecida, quero me ferrar de novo.
Então é isso? Eu quero me ferrar, não quero o velho, e não quero algo novo. Então depois de maldição, a outra única palavra que também tenho certeza é confuso, sim estou confuso.
adj. Que não é claro
Indistinto
Perturbado, transtornado
Não estou claro, estou perturbado, transtornado, e mais ainda: indistinto. Me misturei a massa. A massa que chora o passado, foge do futuro, e se joga no chão e faz manha pra não levantar. Sou fraco, covarde e agora minha maldição me trouxe meu maior medo, ser indistinto.
De tudo na vida suportaria, pedras, brasas, torturas, mas nunca ser igual. Não ser único.
E minha maldição? Nem ela me faz único? É uma maldição congênita, advinda dos meus antepassados. Ah mas eu preferiria mil vezes os olhos claros, a pele amarela e a arrogância. Mas uma predisposição maldita ao amor? Não é possível. Ainda mais desses amores a primeira vista, que levam anos pra comunicar, platônicos. Eu não quero, e se não for possível uma dissociação, que me levem embora, mas eu nego. Eu piso, eu cuspo, eu não aceito essa herança. Foi bom, mas infelizmente acabou nosso tempo.
Quanto a ser indistinto, preciso de mais 15 minutos. Ainda estou confuso.
s.f. Ato ou efeito de amaldiçoar.
Palavras com que uma pessoa deseja que advenham males a outra; praga.
Desgraça, fatalidade: a maldição caiu sobre o infeliz
Desgraça eu nem digo, mas fatalidade sim. E que recaiu sobre o infeliz, mais ainda. Se ao menos não tivesse sentido nada ainda. Mas agora já senti. Não tem mais o que ser feito, está no meu sangue. Deliberado.
Não consigo escapar, e me arrastam pensamentos, e me fecha a garganta, e me cala a boca no meio de um sorriso, na simples lembrança de um momento. E deve ser por ser tão inteligível que me faltam argumentos opositivos.
Mas a maldição não está em ter acabado, está em nunca ter recomeçado. Eu fadado, machucado e calado. Não quero algo novo, e o velho? É velho. Não quero a desgraça conhecida, quero me ferrar de novo.
Então é isso? Eu quero me ferrar, não quero o velho, e não quero algo novo. Então depois de maldição, a outra única palavra que também tenho certeza é confuso, sim estou confuso.
adj. Que não é claro
Indistinto
Perturbado, transtornado
Não estou claro, estou perturbado, transtornado, e mais ainda: indistinto. Me misturei a massa. A massa que chora o passado, foge do futuro, e se joga no chão e faz manha pra não levantar. Sou fraco, covarde e agora minha maldição me trouxe meu maior medo, ser indistinto.
De tudo na vida suportaria, pedras, brasas, torturas, mas nunca ser igual. Não ser único.
E minha maldição? Nem ela me faz único? É uma maldição congênita, advinda dos meus antepassados. Ah mas eu preferiria mil vezes os olhos claros, a pele amarela e a arrogância. Mas uma predisposição maldita ao amor? Não é possível. Ainda mais desses amores a primeira vista, que levam anos pra comunicar, platônicos. Eu não quero, e se não for possível uma dissociação, que me levem embora, mas eu nego. Eu piso, eu cuspo, eu não aceito essa herança. Foi bom, mas infelizmente acabou nosso tempo.
Quanto a ser indistinto, preciso de mais 15 minutos. Ainda estou confuso.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Somewhere where the captain won't be mad
Cansei de ser massa de manobra,
Cansei da desonra.
Cansei da falta de respeito, do pejorativo.
Isso, exatamente disso, cansei do pejorativo,
De tornar pior algo lindo.
Mas parece que eu deixo,
Ou pior eu incentivo,
Quando não me dou o respeito, me sinto inseguro, eu minto.
Não minto, eu provoco.
Mas eu provoco exagerando uma verdade.
Numa quantidade que é mentira.
E acaba que eu mesmo me tiro a razão,
E afasto de mim, minha liberdade.
E dou aos outros insumos pro pejorativo.
E eu sinto.
Cansei da desonra.
Cansei da falta de respeito, do pejorativo.
Isso, exatamente disso, cansei do pejorativo,
De tornar pior algo lindo.
Mas parece que eu deixo,
Ou pior eu incentivo,
Quando não me dou o respeito, me sinto inseguro, eu minto.
Não minto, eu provoco.
Mas eu provoco exagerando uma verdade.
Numa quantidade que é mentira.
E acaba que eu mesmo me tiro a razão,
E afasto de mim, minha liberdade.
E dou aos outros insumos pro pejorativo.
E eu sinto.
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