sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Capim Imperial

Em campo aberto, corro atrás dos porquês.
Em campo, aperto as conclusões escondidas.
Encurralo-as e investigo em suas caras
Os pecados passados.

Como uma santa, zelando pelos
Erros alhures da humanidade.
Mas não sou santa e quero acordar desse pesadelo,
Zelando pela sanidade.

Olho para seu rosto e
Nada.
Olho através da janela,
Nada.

Porque não sou santa, não sou santa.
Não sinto ódio nem compaixão.

Estou no ócio contemplando o meu nada,
Coisa que se deve fazer
Em campos abertos, em campos abertos...

Olho através de das gotas de sol
E nada.
Olho através das promessas
E nada.

Como uma santa. Imparcial.
Mergulho no abismo do meu chão
Que me sufoca de tanta horizontalidade
De tanta solidez, de tanta estabilidade.

O capim doura com o sol,
Majestoso e imperial.
O capim morre para viver,
Viver o animal.

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