sábado, 24 de maio de 2008

Who gives a fuck about an oxford comma?

Ah, a vida moderna!

meu computador é notebook
minha internet é 3G
minha tv a cabo é o youtube

meu telefone é celular
frutas são maçãs da turma da mônica
tv é plano de fundo, música é plano de fundo, notícia é plano de fundo
e música é principal

meu dicionário é o google
minha enciclopédia é wiki

quero facilidade e mobilidade
e faço pão em casa, sem aquela máquina do shoptime

yes, i'm a taged single

sexta-feira, 23 de maio de 2008

iPhones are so last week

iPhone é coisa do passado, beleza as funcionalidades são novas, mas e as necessidades atendidas? São as mesmas de sempre, as mesmas do último smartphone, do último carro de luxo, e do pigmento vermelho do pau-brasil (na sua época de sucesso, claro).

Os motivos mudam, com o tempo, com as facilidades que aparecem, com os estilos de vida.

Qual carro ter, quantas roupas, em que restaurantes comer, como saberemos o quanto ter de cada coisa? Não temos como saber e de quebra a propaganda só faz com que queiramos mais, transforma nossas pequenas necessidades em desejos incontroláveis.

Mas também não sei até que ponto manipular é possível, okay. Ninguém compra algo sem querer, sem ter julgado importante nem por um momento. E quem dera a propaganda tivesse todo esse poder (a vida dos publicitários seria muito mais fácil). Na maior parte das vezes o que vale mesmo é o boca a boca, o senso comum. A propaganda diz que o iPhone é legal, tá! Mas quem dá veracidade para isso são as reportagens, seus amigos, seu cunhado, o artista legal, o super empresário. Todo mundo que te interessa!

E o motivo não é o mesmo pra todo mundo, nesse caso pode ser desde medo, vergonha até vaidade. Todos afunilando para as mesmas necessidades, status (emocional) e ou praticidade (funcional). E justamente por ter esses dois fatores, o emocional e o funcional é que ele é tão desejado. Pois pode-se comprar devido a um impulso oriundo de um motivo que gerou uma necessidade emocional, e para fechar ainda ter uma base funcional que justifique a compra (o contrário também existe, funcional com justificativa emocional).

Tira-se a vergonha de se adquirir algo apenas para se destacar, pois o iPhone é mais, é inovador, possui features diferenciadas. E é um Apple (com reconhecida qualidade e design superior).


Para mim o iPhone é muito parecido com Omo, traz conforto na compra, no uso, e na reputação intrínseca.

Ps: Nem flash para a câmera ele tem!

domingo, 18 de maio de 2008

00h

3h12min
teto

3h15min
estendendo camisas no varal

22h (do dia anterior)
primeira vez que abri a máquina, cheio de dúvidas
por sorte dentro da tampa ensinava como usar

11h
primeira camiseta lavada e passada

Missão cumprida

sábado, 17 de maio de 2008

to the winner chicken dinner

Eu estava andando de metro quando me dei conta de que deveria haver mais liberdade no mundo. Okay, liberdade de ir e vir "existe", mas e a segregação de pessoas por perfil do espaço, é claro que acontece. Não acredito que no último piso do Iguatemi (do café Armani, Dolce & Gabbana) pessoas de classes mais baixas se sintam bem, eles devem se sentir intimidadas, e isso é barrar a liberdade.

E não estou querendo que o mundo seja livre para todos, estou apenas constatando que liberdade é um fator tanto físico quanto psicológico, e do mesmo jeito também acredito que pessoas de classes altas se sentiriam mal em uma festa popular. Mas nada que ninguém já não saiba.

A ordem deveria ser respeitar todas as pessoas, e o que fazem não deve ser tão duramente julgado, pois somos todos iguais tentando sobrevivir no mundo. Não que eu não goste de padrões (adoro eles), mas algumas pessoas se apropriam tanto (ou acreditam que devem se apropriar) que acabam se limitando, e tendo uma visão errada do resto das pessoas.

Deveria haver uma maior liberdade, e não tantos padrões usados sem limites, acabando com o individualismo. Se é que pode haver individualismo, pois vivemos em bandos desde os primórdios (feudos, vilas, cidades, países) sentimos essa necessidade de pertencer a algo. Pois a nossa sobrevivência já dependeu disso, quem pertencia ao maior bando, tinha mais chances de sobreviver, a ataques de animais, falta de comida etc. Porém essa necessidade não deveria existir mais hoje (pelo menos não tão forte) mas ainda vivemos com esse mesmo instinto primitivo de se enquadrar em um bando.

Viver sozinho é impossível, no metro por exemplo a todo momento estamos ocupando o lugar que a pouco foi de outra pessoa, respiramos o mesmo ar que passou pelos pulmões de quem nunca iremos conhecer, somos muitas vezes forçados a uma interação (seja para pedir licença ou dar espaço para alguém).

Nós dividimos o que nos mantém vivos (o ar) e mesmo assim não prestamos nenhum respeito algumas vezes. No mínimo respeito.

Problemas interpessoais são conflitos de interesses, são completamente egoístas.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Adveniat regnum tuum

Este blog quer formatar pensamentos, mostrando os adventos da vida moderna, entendendo-se por isso a tecnologia e o comportamento humano (mais o comportamento).

Explicar o motivo (diferente de entender) de termos tantas nuances de emoções e uma gama tão sensível de motivações, quando de fato só temos uma necessidade, viver.
Pois parece que quanto mais aumenta a velocidade das informações e os níveis de interação, mais nuances e mais motivações aparecem, e cá entre nós, quem nunca quis dar um google num livro, confessar o amor por msn ou ver fotos da viagem dos amigos antes mesmos de voltarem. Novos comportamentos para velhas vontades.

A tecnologia não traz nada diferente, apenas facilita nossa vida (tenho lá minhas dúvidas), altera nossa percepção e impacta no nosso comportamento; e é esse que pretendo explorar mais nos próximos posts. Os comportamentos que foram impactados na nossa vida moderna.

(O mundo é delimitado por lugares em que não se está, pelas coisas que não se viu e por tudo que se desconhece)