terça-feira, 29 de março de 2011

if i could stand up mean, for all the things that i believe

Id: Eu só quero ser o melhor, só isso.

Ego: Não, você se boicota. Você gasta demais, tempo demais, pensando demais. Criando.

Id: Não vejo mal nenhum em não se contentar em ser apenas mais um, em ser medíocre.

Ego: Você só quer ser o melhor porque não pode ter o medíocre.

Id: Mas...

Ego: Mais nada, medíocre mesmo. Por isso você espera demais de si mesmo, pois não acredita que pode ser medíocre. Mas pode. E sendo não vai drenar todas suas competências e qualidades, elas vão continuar lá. Você vai continuar sendo quem é.

Superego: Alguém me explica o que é isso de novo? DE NOVO?

Ego: Espera, dessa vez deixa eu concluir. Id, é o que falei, você vive demais, em tempo de menos porque não sabe até quando vai aguentar sendo mais, esperando mais de si mesmo. E não consegue ver que um dia vai ser medíocre, e que isso não é um problema. Isso é bom na verdade. Pois você pode sim, ser medíocre. E viver sem levar tudo aos extremos. Sem viver as pessoas ao extremo.

Id: Mas...

Superego: Sem mais.

segunda-feira, 28 de março de 2011

in the darkness comes, another, another

Ego: Calma, você precisa ir com mais calma, pegar mais leve.

Id: Oi?

Ego: Estou falando sério, você tem vivido com muita intensidade.

Id: Tá.

Ego: Você precisa viver tudo de um modo mais supérfluo, viver as experiências e as pessoas de um modo mais superficial. Isso mesmo, principalmente as pessoas. Não precisa viver tudo de um vida em meses, de semanas em dias, de dias em minutos. Isso te faz mal, te suga a alma.

Id: Mas não sinto nada agora.

Ego: Por isso. Por viver tão intensamente tudo. Uma hora se está em cima, outra embaixo com as frustrações e não realizações.

Id: Não, você não entendeu. Não sinto nada. Não é estar na fossa, é nada. Simples assim.

Ego: Hmmm, como assim?

Id: Sei lá, não estou triste nem alegre. Apenas estou. Entende?

Ego: Pera, você não está triste? Não estou entendendo.

Id: Como? É você, você tem que entender.

Ego: Mas eu não sei o que dizer, não faço ideia do que possa ser. Você vive tudo com tanta intensidade e de uma hora pra outra some todo e qualquer tipo de emoção? É demais até pra mim. Não consigo te ajudar, estou tentando. Mas você está bem em não sentir nada?

Id: Não sei, nem isso eu sei.

Superego: Mas de novo! Porra Ego, para de questionar. Id para de ser intenso, é simples, você condensou tanta emoção em tão pouco tempo que nosso corpo cansou, não consegue sentir nada. Mas pelo jeito o puto do Ego ainda consegue ter força pra questionar. Agora todos dormem.

terça-feira, 22 de março de 2011

one life with one dream on repeat

Permeando sonhos
desatando nós
alcançando metas
desfazendo laços

Num sonhar sem lua
deitado ao leito
olhando os tecidos
escolhendo um lado

Trechos caminhados
passos todavía
pés descompassados
profissional.

Pensando um dia
quem sabe inverno
primavera ou maio
(em) estar geminado.

domingo, 20 de março de 2011

a realidade

Era mais um. E mais um dia, e a solidão. Um a um todos iam abandonando-a. Ela não era a mais linda, muito menos inteligente, mas tinha sua função. Mas por mais que se esforçasse, no final do dia, estaria sempre sozinha, com o seu fardo. Já estava acostumada. E não culpava as pessoas, ela sempre soube que a realidade é dura de ser encarada.

Abandonar a realidade faz parte do crescimento humano.

it say you are a dinosaur

Ah, eu aqui vivendo sossegado a minha existência. Quietinho. Pensando de receitas com carne até o fim do mundo. Imaginando o planeta entrando em colapso e eu parado aqui nessa vista linda.

Pensando nas massas de manobra, pensando em mim como mais um. Pensando no photoshop e nas novelas, pensando na venda de imóveis, pensando na família.

Fazendo planos para os filhos que ainda não existem, pensando na aposentadoria que ainda está longe, enfim fazendo planos.

Pensando longe, imaginando perto. Ficando triste e ficando alegre. De novo, apenas mais um vivendo, e o mundo em colapso.

domingo, 13 de março de 2011

are you free or are you tired of?

O mesmo cabelo comprido que viu os amigos de escola irem embora, lhe dá o ar sensual. Construído por sobre algo que cresceu durante seus anos de inocência, seu visual deixa dúvidas, suas atitudes deixam dúvidas, mas seu olhar não deixa alguma, é uma menina de 17 anos, e não uma mulher.

E é com esse cabelo e o olhar que ela chama a atenção, na esperança de alguém libertá-la da prisão imaginária. São os cabelos claros, ondulados e naturais, que a diferencia das outras meninas. Meninas essas que ela não está acostumada a lidar, sempre preferiu as brincadeiras brutas.

Agora rodeada por elas, a menina-mulher usa a sua brutalidade para sobreviver, mesmo parecendo leve o ambiente da sua profissão é pesado. Encolhida como um animal acuado se concentra antes de cada entrada. E seu ar tão diferente, misto de delicadeza e agressividade, encanta as lentes.

quarta-feira, 9 de março de 2011

ride on a big jet plane

Construir esse castelinho de areia, o problema é que ele é feito de areia de praia. Clara, bonita e fraca. E esse castelinho sempre desmorona, e eu insisto em reconstruir de novo, e de novo, e de novo. Só pra ele cair.
Essa areia é fraca, e linda.

...

E de novo polissíndetos. Breves e lívidos. E esperas intermináveis.

give it up

Posso falar? Qualquer um. Qualquer coisa. Nem existe tanta restrição assim quanto parece. Já disse.
É tudo uma questão de percepção.

segunda-feira, 7 de março de 2011

belly of a whale

meio tanta coisa que acaba sendo eu.

...

the enticing donut

domingo, 6 de março de 2011

not romantic and too dramatic

E a gente quer ver o mundo, e troca a tv por uma tela com as novidades dos amigos.
E a gente quer saber tudo, e justamente se especializando percebe que do assunto que mais se sabe, se sabe nada.
E a gente não tem tempo pra nada, e quando tem, reclama que o tempo não passa.
E a gente não passa de bicho esquisito, evoluiu porque é carnívoro e agora tem dó dos bichos sem consciência do cinismo.
E a gente critica todo e qualquer indivíduo. E temos medo de tudo. E sabemos nada.
E somos bicho esquisito.

hit me double hard

i have no choice, but to leave without voice.
you left me no choice, but to hold you high above.