segunda-feira, 31 de maio de 2010

Basta sentir

Uma vez me disseram que se fosse para escrever, escrevesse sobre o que sei. Mas só sei que nada sei. Catorze não é – vê lá - número grande suficiente para conclusões. Eu falto e busco mais.

Busco a mim e somente a mim mesma neste caderno, me abrindo a cada página como fragmentos desordenados de um mapa enquanto a vida me ensina meu manual de instruções. E a vida me instruiu a escrever.


Aqui estou com várias perguntar a ricochetear em mim como em vários espelhos e não atingir ponto algum a não ser o incerto.


Escrevo para descobrir o certo, as minhas verdades. Pois nenhuma redação é mentirosa no momento em que é escrita.


“Pensar é um ato, sentir é um fato”
Clarice Lispector

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cartões Postais

Sinto em informar que é de grande frustração querer um universo que não é seu, se é que me entendem. E que, então, serve-lhe somente cartões postais. Que mais haverá além disso eu apenas imagino, que por hora não é crime.

Imagino, se Deus me permite, toda uma criação divina por trás de tuas duas janelas verdes. Abram-se as janelas e cessem os cartões postais! Não por hora, não por hora. Mas sim em breve. Pois se este momento pode esperar, ele é breve e será passado nesta curta linha de raciocino, que de raciocinio possui quase nada. Somente o necessário para um retardo controle de momentos, que de tudo só tem você. E eu, cartões postais.

Ordem Cronológica

Conhecer, desconhecer, reconhecer.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Em busca da primavera

Eu vou engolindo os problemas, sem fazer nada sobre isso, exceto continuar. Eu estou apenas voando. Mas voa ave para onde? Ninguém sabe, ninguém. Supõem-se que para longe, num lugar mais quente.

Esse era o plano. Esse era o plano, dizia andorinha.

Primavera e Sul? Apenas neblina, não estão por aqui. Desorientou-se.
Para onde vais andorinha? Por enquanto apenas sigo, respondeu.
Pois é isso, é isso. Não quer saber para onde vai. Simplesmente não quer, entende? Mas os ventos... Os ventos não são favoráveis.

Abortar missão? Não, um segundo, por favor. Um suspiro, pára pra pensar. Andorinha volta, ela precisa voltar. Agradeço se a compreendesse, pois ao contrário disso os ventos ocidentais fazem.

Pobre andorinha.

De volta a sua casa, o manto branco da morte. Ninguém esta em casa Srta. Andorinha.
Passados alguns momentos, o frio e a neve mataram-na de desgosto. Pobre andorinha, mal sabia que sua casa havia ficado para trás.

Stabilizers up, Runnning perfect, Starting to collect, Requested data

Muitos devem conhecer a marca de carros Lincoln como uma tradicional e luxuosa marca americana, passou por maus bocados com a estratégia da Ford em separar as BU s, mas agora parece estar se reerguendo.

A empresa foi fundada em 1917 e comprada por Ford em 22. Inicialmente era uma fabricante de turbinas de aeronaves e no pós guerra virou uma fabricante de carros de luxo. Foi justamente isso que as últimas campanhas da marca buscaram, trazer de volta esse aspecto de Turbinas de aeronaves, repensado para os dias de hoje. Como espaçonaves. Isso nasceu no próprio design dos carros e ultrapassou para os comerciais. Criando uma identidade para os novos modelos da empresa. Consistente entre posicionamento e execução.

Com o mote Reach Higher, vale muito a pena ver como ficaram as campanhas, começaram mais tímidas em 2008 com essa pegada e agora toda a nova comunicação só mostra raios, céus e estrelas. E o design do carro ficou do car****. Coloquei da mais antiga pra mais nova (se quiser ver só uma, sugiro a com asteriscos).

Lincoln MKS






Lincoln MKZ *******


Lincoln MKS Ecoboost


Lincoln MKT


Só pontuando que os carros custam de 35mil a 45mil doletas, e sempre teve um público fiel (mais velho) e agora eles se arriscam e apostam numa comunicação mais jovem, patrocinando inclusive bandas de música eletrônica.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

É coisa da nossa cabeça

Quanto mais eu paro pra pensar, mais eu penso que a verdade não existe.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Eis a questão

Nunca cheguei a medir o quanto sou e quanto não sou. Pois se ser é pecado, não ser é tragédia.

Não olhe nos meus pequenos olhos apaixonados

- Ofereço minha alma à Lua para que veja o mal que causa aos mortais.

Sigo com os olhos o sangue divino jorrando puro e insignificante. Oh, ferida, cura-me com teus venenos ou mata-me numa só apunhalada! Suplico a tua piedade, se piedosa, que não deixes sofrer mais esta flor. Exterminador do sentido, dos dias indiferentes e lindos por eles mesmos, incompletos como vieram a natureza! Por que exterminas isto? És um monstro, isto sim! Mostra-nos e envena-nos com ferida divina. Oh, corta-me, dilacera-me, deixe-me sanguando até as últimas gotas de amor e ignorancia. Luas e Monstros, olha que fazem as pequenas!

Alors on danse

É bem mais fácil quando a explosão ocorre dos dois lados. O desespero é mais que acolhedor. Os olhos hesitantes exitados se cruzam e se devoram, reduzindo os dois seres a pó. E reduzidos a pó estes seres se entregam sem máscaras, sem curativos. Mas sim, com as feridas sangrando em puro desejo, desejo de ti.