sábado, 17 de maio de 2008

to the winner chicken dinner

Eu estava andando de metro quando me dei conta de que deveria haver mais liberdade no mundo. Okay, liberdade de ir e vir "existe", mas e a segregação de pessoas por perfil do espaço, é claro que acontece. Não acredito que no último piso do Iguatemi (do café Armani, Dolce & Gabbana) pessoas de classes mais baixas se sintam bem, eles devem se sentir intimidadas, e isso é barrar a liberdade.

E não estou querendo que o mundo seja livre para todos, estou apenas constatando que liberdade é um fator tanto físico quanto psicológico, e do mesmo jeito também acredito que pessoas de classes altas se sentiriam mal em uma festa popular. Mas nada que ninguém já não saiba.

A ordem deveria ser respeitar todas as pessoas, e o que fazem não deve ser tão duramente julgado, pois somos todos iguais tentando sobrevivir no mundo. Não que eu não goste de padrões (adoro eles), mas algumas pessoas se apropriam tanto (ou acreditam que devem se apropriar) que acabam se limitando, e tendo uma visão errada do resto das pessoas.

Deveria haver uma maior liberdade, e não tantos padrões usados sem limites, acabando com o individualismo. Se é que pode haver individualismo, pois vivemos em bandos desde os primórdios (feudos, vilas, cidades, países) sentimos essa necessidade de pertencer a algo. Pois a nossa sobrevivência já dependeu disso, quem pertencia ao maior bando, tinha mais chances de sobreviver, a ataques de animais, falta de comida etc. Porém essa necessidade não deveria existir mais hoje (pelo menos não tão forte) mas ainda vivemos com esse mesmo instinto primitivo de se enquadrar em um bando.

Viver sozinho é impossível, no metro por exemplo a todo momento estamos ocupando o lugar que a pouco foi de outra pessoa, respiramos o mesmo ar que passou pelos pulmões de quem nunca iremos conhecer, somos muitas vezes forçados a uma interação (seja para pedir licença ou dar espaço para alguém).

Nós dividimos o que nos mantém vivos (o ar) e mesmo assim não prestamos nenhum respeito algumas vezes. No mínimo respeito.

Problemas interpessoais são conflitos de interesses, são completamente egoístas.

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