terça-feira, 23 de novembro de 2010

If there’s anything to say, if there’s anything to do, if there’s any other way, I’d do anything for you.

Aquela vontade de fugir... Aquela vontade de ficar... Vontade de curar a alma... A encruzilhada assusta e pressiona conforme a sua proximidade, e quanto mais eu ando mais longe me deixo pelo caminho.

Como quem olha uma cruz na estrada pela janela do carro que passa rápido e nos faz sentir lentos, mais lentos que o mais quente tempo. O tempo derrete aos poucos na minha mente. Mornas manhãs do passado brincam de esconde-esconde. E eu as escondo. Eu as escondo.

Sinto-me vazia e insossa como um fantasma e imóvel como um cadáver que, durante alguns segundos que se demoram como anos, depois de uma grande explosão, vê estourar o coração e assiste o resto queimar devagar...

E as lágrimas não querem deixar. As lágrimas... As lágrimas impedem a combustão de ser como deve. Não deixam o corpo consumir-se. Elas não nos deixam falir. Vertem um pouco de tristeza e alegria. E nos deixa lentos.

Busco o calor que me falta no Sol, que brilha e que queima e que se consome. Busco inspiração... busco pena... Ele nunca parará de queimar?

E a lua? Será fria como tu ou será apenas resignada? As estrelas, como lágrimas congeladas, de tanto lembrar-lhe do que quer esquecer, acabaram por congelar-la também.

Quem me dera que tu fosses a Lua! Então eu seria o seu Sol e te curaria de todos os teus males.

Quem me dera...

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